A tendência é que a maioria das pessoas não perceba o quadro até os 5 ou 6 anos, quando as habilidades sociais e de comunicação estão muito bem estabelecidas na maioria das crianças, destoando da criança com autismo. Por isso é comum que pais escutem que seus filhos de 2 ou 3 anos não apresentam nenhum problema.
Habitualmente pessoas que conhecem o quadro tem mais capacidade para reconhecer as diferenças de comportamento em crianças pequenas.
Não.
No entanto essa é uma questão controversa. Tem ficado cada vez mais claro que não existe um autismo, mas centenas de diferentes subtipos. Alguns com muita limitação funcional, outros com grande capacidade de adaptação. Existem grupos de pessoas com autismo, Asperger, etc., que dizem não querer mudar o que são, e portanto não caberia o conceito de cura.
Por outro lado, existem pessoas com importantes limitações e com grau de sofrimento que desejam e merecem receber tratamento. Até o momento, não existem tratamentos que curem essas pessoas, embora as intervenções precoces que tem sido realizadas vêm melhorando em muito a capacidade adaptativa desses indivíduos, assim como a qualidade de vida deles e de seus familiares.
Não.
Nem toda criança que apresenta dificuldade para ler ou compreender o que lê, para codificar ou para produzir textos por escrito é portadora de dislexia. Há problemas de ordem sócio-culturais, que vão desde o pouco favorecimento familiar à inadequação de métodos que podem ocasionar estas dificuldades na área da linguagem. A dislexia é um transtorno de aprendizagem com vários fatores envolvidos além da leitura.
O Distúrbio da aprendizagem se configura como deficiências na esfera da leitura, escrita e matemática, causadas por disfunções neurológicas como: dislexia, défict de atenção, discalculia. Já a Dificuldade escolar se caracteriza por questões originadas pelo meio educacional e familiar. Um indivíduo poderá apresentar dificuldades escolares por ineficiências de métodos, pela inadequação da escola e/ou pela pouca capacitação dos educadores, assim como escassa possibilidade motivacional da família ou dele próprio.
Sim.
Um adulto pode se beneficiar de investigações da mesma forma que as crianças. A avaliação é feita por equipe multidisciplinar, entretanto o cuidado que os profissionais da área devem tomar é na especialização, não somente na área da dislexia, mas em avaliar adultos, com testes específicos e adequados à faixa etária e acadêmica deles.
A disortografia pode ser definida como o conjunto de erros da escrita que afetam a palavra, mas não o seu traçado ou grafia. É a incapacidade que o indivíduo manifesta para grafar adequadamente os vocábulos ao fazer a correspondência entre o som (fonema) e o símbolo escrito (grafema), cometendo trocas visuais (letras com traçado visual semelhante, ex: a/o/e; m/n; b/d; p/q, etc), auditivas (letra com semelhanças sonoras, ex: f/v; c/g; b/p; ch/j, etc), adições, inversões, junções e separações.Importante ressaltar que até o terceiro ano do Ensino Fundamental I, é natural que as crianças façam confusões ortográficas, já que estão em fase de alfabetização e ainda não dominaram a relação dos sons com as suas representações gráficas totalmente. Essas trocas são maturativas, isto é são normais.
Você pode observá-lo e verificar se ele apresenta esses sinais. Se a resposta for positiva procure uma avaliação psicopedagógica e neurológica: Dificuldade na aquisição e desenvolvimento das habilidades linguísticas; Dificuldade com análise e síntese dos sons de uma palavra; Pobre reconhecimento de rima (sons iguais no fim das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras); Desatenção e dispersão; Dificuldade na coordenação motora fina: desenhos, pinturas, etc.;
Dificuldade na coordenação motora grossa: ginástica, dança, etc.;
Desorganização geral ex.: atrasos na entrega de trabalhas escolares; Dificuldades visuais, com impacto na organização do trabalho no papel e na postura da cabeça para escrever; Confusão entre direita e esquerda; Dificuldade em manusear mapas, dicionários, etc.; Dificuldade na linguagem e na fala, com vocabulário pobre, sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas; Dificuldade de memória de curto termo, como as que se referem a instruções, dígitos, tabuadas, etc.; Problemas de conduta, com desenvolvimento de retração, timidez excessiva ou depressão; Dificuldade de copiar de livros ou da lousa; Dificuldade na leitura; Dificuldade na matemática e desenho geométrico; Dificuldade em aprender uma segunda língua e melhor desempenho em provas orais.
A criança com déficit de atenção tem um comportamento peculiar, que pode ser observado a partir dos 4 anos, já que nessa idade a questão da atenção e da movimentação dela já é um pouco mais definida. Ela tem uma organização motora capaz de fazê-la ficar sentada por alguns períodos quietinha ou então ter uma movimentação razoável, e também já é capaz de prestar atenção. A atenção dela começa a se estabelecer e por isso é com essa idade que a criança começa a aprender as cores, as formas, etc., até que, aos seis anos, aquela que não tem o transtorno já está alfabetizada. Os casos ficam mais aparentes aos 7 anos, quando está na primeira série. A criança sem o transtorno vai para o recreio e corre, corre, corre. Depois volta para a sala, senta-se e começa a fazer a lição. Já a que apresenta déficit de atenção volta para a sala e continua correndo. É preciso observar a quantidade do movimento, a profundidade e a quantidade de energia que é gasta o tempo todo. A agitação nessa idade deve ser observada.
O professor particular ajuda o aluno a aprender melhor alguma disciplina da escola ou a fazer a tarefa de casa. O psicopedagogo vai além dos conteúdos escolares investigando e buscando as potencialidades para aprender.
Uma dica simples para saber quem você deve procurar é verificar a abrangência e a duração da dificuldade. Se seu filho nunca teve problemas e em dado momento passa a ter dificuldades pontuais com um conteúdo ou disciplina, um professor particular pode ajudar.
No entanto, quando há problemas mais abrangentes e crônicos, a intervenção de um psicopedagogo é mais indicada. Ele irá avaliar o indivíduo nos aspectos cognitivos e afetivos para identificar os bloqueios, as potencialidades e então desenvolver uma estratégia para a superação das dificuldades. O psicopedagogo também verificará se há indícios de distúrbios que possam afetar a aprendizagem e que pedem uma investigação mais aprofundada.
Sim.
De acordo com a necessidade do caso. O psicopedagogo vai em busca dos problemas no aprendizado para a fixação dos conteúdos nas provas. Ajuda o aluno a aproveitar melhor a aula organizando sua agenda, sua rotina, estratégias de estudo, resumo e esquemas de acordo com o que cada matéria exige. O contato com o professor é fundamental para que o trabalho seja eficiente. Se existe a dificuldade específica no conteúdo faz-se necessário auxílio do professor particular.
O psicopedagogo clínico busca investigar as possíveis dificuldades no processo educacional - observando os aspectos físicos, sociais, emocionais e cognitivos - e intervir de modo a remover ou minimizar as barreiras que impedem ou dificultam a aprendizagem. O Psicopedagogo realiza entrevistas, avaliações, atividades lúdicas e diferentes instrumentos para identificar estas barreiras. Ele intervém orientando os pais, os professores e ajuda o próprio indivíduo a conhecer seus mecanismos de aprendizagem, entendendo-o como sujeito ativo e protagonista deste processo. O trabalho multidisciplinar escola e profissionais é essencial para o desenvolvimento do trabalho psicopedagógico.
Este termo é usado para o trabalho de habilidades cerebrais que necessitam serem sempre estimuladas como: atenção, concentração, memória, raciocínio... Acredita-se que o cérebro precisa constantemente de desafios e de novidades. Só adquirindo hábitos de vida saudável é possível preservar a mente e mantê-la afiada durante muitos anos. O psicopedagogo com curso específico nessa área poderá criar um programa individual com atividades que estimulam percepção visual, raciocínio lógico, velocidade de raciocínio e memória.
É toda escrita defeituosa, sem déficit neurológico ou intelectual que o justifique. Crianças intelectualmente normais escrevem devagar e de forma ilegível o que atrasa seu progresso escolar. A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.
Ajudar seu filho com as tarefas escolares é um dos papéis que todo pai e mãe devem assumir. É desta forma que a criança se dá conta do valor dos estudos, levando este aprendizado base para a vida toda. Não importa se o seu filho é um excelente aluno ou não, você pode e deve ajudá-lo nesta tarefa. Combine com a criança um horário para as tarefas escolares, escolha um local adequado e confortável, explique a importância das tarefas escolares, ajude-o apenas o necessário auxiliando a chegar à resposta, elogie seu filho e pouco a pouco deixe-o fazer as tarefas sozinho.
O primeiro – e principal – passo é dar o exemplo. Tenha livros em casa e, o mais importante: leia com (e para) a criança. Pais leitores terão mais facilidade para criar o mesmo hábito nos filhos. Leia para o seu filho na hora de dormir, mas crie também outros momentos de leitura no dia a dia: depois das refeições, na volta da escola.... Em casa, deixe os livros em locais de fácil acesso para o seu filho. Em bibliotecas e livrarias, em vez de deixar a criança sozinha explorando as prateleiras, ajude a escolher as obras mais adequadas e leia as histórias. Aproveite a ocasião para ensinar que é preciso cuidar do livro – ou seja, que não vale rasgar, amassar ou rabiscar as páginas. Os livros digitais com recursos como sons e animações são mais atraentes. Mas, mesmo nos tablets, não deixe de procurar por obras com boas histórias e adequadas à idade do seu filho.
O “derrame” é decorrente de alterações nos vasos sanguíneos do cérebro, que podem entupir ou se romper. Em termos médicos, isto é chamado de AVE(acidente vascular encefálico) ou AVC (acidente vascular cerebral): Como resultado de um AVC, a circulação sanguínea cerebral é prejudicada e as células cerebrais morrem na área onde houve falta de circulação.
Os danos cerebrais geralmente prejudicam a capacidade da pessoa falar e compreender. A escrita e a leitura também podem estar comprometidas. O tratamento requer a participação de um fonoaudiólogo e psicopedagogo especializado, que irá promover sua reabilitação da comunicação oral leitura e escrita. A duração do tratamento é variável, dependendo de cada caso.
A “discalculia” é causada por má formação neurológica, provocando dificuldade em aprender tudo o que está relacionado a números como: operações matemáticas; dificuldade em entender os conceitos e a aplicação da matemática; seguir sequências; classificar números… É importante esclarecer que, a discalculia não é causada por má escolarização, deficiência mental, déficits visuais ou auditivos ou qualquer ligação com níveis de QI.
Os professores por mais preparados que eles sejam devem em primeiro lugar procurar sempre estar se atualizando (leitura, palestras, grupos de estudos). A relação entre o professor e o psicopedagogo deve ser de confiança e troca buscando o melhor para a criança. Cada profissional na sua área pode contribuir com a melhor aprendizagem de seu aluno com TDHA.
A inclusão do aluno disléxico na escola, como pessoa portadora de necessidade educacional, está garantida e orientada por diversos textos legais e normativos. A Lei 9.394, de 20/12/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), por exemplo, prevê que a escola o faça a partir do artigo 12, inciso I, no que diz respeito à elaboração e à execução da sua Proposta Pedagógica; o inciso V, do mesmo artigo, diz que a escola deve prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; o artigo 23 permite à escola organizar a educação básica em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização; o artigo 24, inciso V, alínea a), prevê que a avaliação seja contínua e cumulativa, com a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período. A escola deve procurar estratégias de ensino e avaliação de acordo com a necessidade de seu aluno disléxico.
A psicopedagogia se debruça especificamente sobre as questões afins à cognição – ato de conhecer ou de captar, integrar, elaborar e exprimir informação- e afetividade, que estão diretamente ligadas à maneira como as pessoas aprendem, ela investiga quais são os fatores que estão interferindo na aprendizagem e trata as dificuldades que o aprendente está enfrentando.
Possivelmente a professora ou o professor identificou em seu filho a necessidade de um olhar diferenciado para o processo de aprendizagem dele.
Geralmente as dificuldades encontradas pelas pessoas, que estão em eterno processo de aprendizagem, são de ordens pedagógica, afetiva e/ou orgânica.
A maioria das crianças e adolescentes atendidos no consultório é encaminhada por educadores que identificaram as dificuldades de aprendizagem de seus alunos.
A desmotivação, a desatenção, as dificuldades com a memória, a agitação constante, a leitura lenta, a compreensão do conteúdo lido muito comprometida, a dificuldade com a matemática, dentre outras matérias, o “branco” na hora de realizar as provas e a preguiça são alguns dos sintomas apresentados pelos alunos, que motivam os educadores encaminhá-los para uma avaliação e tratamento psicopedagógico.
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