A FONOAUDIOLOGIA é uma profissão da área da saúde que pesquisa, previne, avalia e trata as alterações da voz, fala, linguagem, audição, aprendizagem, enfim, da Comunicação Humana.
Atua na saúde da criança, adolescente e jovem, mulher, mental, idoso, trabalhador, deficientes, da família e educação.
-Saúde da Criança:
- Adolescente e Jovem:
- Saúde da Mulher:
- Saúde do Idoso:
- Saúde do Trabalhador:
- Portadores de Necessidades Especiais:
- Saúde da Família:
- Saúde Mental:
- Educação em Saúde:
Caracteriza-se por ser um distúrbio na articulação dos sons, fundamentalmente devido a dificuldades na discriminação auditiva e/ou problemas orofaciais, fatores psicológicos e ambientais. Como todo problema de fala, pode interferir no aprendizado da escrita. É quando o sistema de contraste do falante falha na correspondência com o adulto normal, ou seja, o padrão da comunidade linguística.
Pode se manifestar de diversas formas, como mostram os exemplos a seguir:
Omissão:
Acréscimo ou inserção:
Distorção:
Substituição:
É quando os sons individuais são articulados incorretamente, mas o sistema fonológico permanece intacto. Nesse caso tem uma causa orgânica identificável, isto é, uma base física ou mecânica.
As características definidoras incluem explicitamente a presença identificável de quaisquer problemas orgânicos que afeta o sistema de produção da fala como:
Os mais comuns é a distorção do /s/ e /z/ conhecido como “ceceio” e “ceceio lateral”. Também cita-se casos de fissura lábio-palatina.
A face tem o crescimento e o desenvolvimento diretamente relacionados às funções de sucção, respiração, deglutição, mastigação e articulação. Assim, é importante ao longo do crescimento que a criança apresente condições funcionais adequadas que possibilitem um desenvolvimento harmonioso da face e da fala.
As alterações oromiofuncionais são interferências nas funções de sucção, respiração, deglutição, mastigação e articulação (fala).
As principais causas são:
Os sintomas são:
Para evitar as alterações oromiofuncionais pode-se seguir algumas sugestões:
Na presença de algum dos sintomas citados, deve-se procurar um Fonoaudiólogo. O Fonoaudiólogo é o profissional capacitado para avaliar, diagnosticar e tratar dos distúrbios oromiofuncionais.
Definição:
Condição causada por má-formação na orelha, no conduto (cavidade que leva ao tímpano), nos ossos do ouvido ou ainda por uma lesão neurossensorial no nervo auditivo ou na cóclea (porção do ouvido responsável pelas terminações nervosas). Tem origem genética ou pode ser provocada por doenças infecciosas, como a rubéola e a meningite. Também pode ser temporária, causada por otite.
A perda de audição pode ser causada por líquido que permanece no ouvido depois de uma infecção de ouvido. As infecções de ouvido são comuns em crianças.
Outros problemas de ouvido que podem provocar perda de audição:
A perda auditiva presente no nascimento (congênita) pode ser devido a:
O ouvido pode sofrer lesões por diferenças de pressão entre a parte interna e a parte externa do tímpano, geralmente por mergulho, fraturas cranianas (pode danificar as estruturas ou os nervos do ouvido)
Trauma de explosões, fogos de artifício, tiros, shows de rock e fones de ouvido
Outras causas são:
Perda auditiva relacionada à idade (presbiacusia);
Neuroma acústico;
Síndrome de Ménière;
Uso de certos medicamentos;
Trabalhar com ruídos fortes o dia todo (pode danificar as células necessárias para escutar);
Características: pode ser leve, moderada, severa ou profunda. Através de um exame chamado audiometria é capaz de identificar o grau da lesão.
A Perda de audição é tratada com base na causa da deficiência auditiva. Geralmente, aqueles com perda auditiva condutiva beneficiam de terapia e podem ser prescritos de aparelhos auditivos.
No entanto, aqueles com perda auditiva neurossensorial pode ter uma condição mais permanente que não pode ser tratada. Isto é porque nestes pacientes estão danificadas os nervos e as sensíveis células ciliadas da cóclea e estas não podem ser reparadas e estes permanecem danificados para o resto da vida de uma pessoa. No entanto, existem métodos para lidar com a perda de audição que pode melhorar a qualidade de vida.
Tratamento de perda auditiva incluem:
Remoção de cera ou objeto estranho que está levando a uma perda auditiva condutiva
Uma infecção aguda ou a longo prazo do ouvido médio também pode levar à perda de audição. Estes precisam de ser tratadas com antibióticos apropriados.
Perfuração de orelha tambor após infecção ou lesão pode ser corrigida com uma cirurgia chamada timpanoplastia. Um retalho de tecido é tomado e a membrana é reparada para restaurar a audição.
Alguns pacientes podem precisar de implantes do ouvido médio também. Estes são inseridos dentro do ouvido com a ajuda de um pequeno procedimento cirúrgico. Estes ajudam os ossículos para conduzir os sons dentro do ouvido.
Implantes cocleares-estes são os implantes do ouvido interno que podem ser colocados dentro do ouvido com uma cirurgia. Estes podem ser usados em pacientes com perda auditiva neurossensorial em ambos os ouvidos.
Pacientes com moderada a perda auditiva profunda precisam aprender uma linguagem de sinais ou a leitura labial. Estes incluem a língua de sinais britânica (BSL) ou assinado Inglês e Paget Gorman assinado fala.
Métodos para lidar com a perda de audição
Pacientes com perda auditiva podem adoptar dicas simples para lidar. Estes incluem:
Os pacientes precisam possuir até sobre sua deficiência auditiva, para que os oradores falam mais alto e mais claro e não recorrer a sussurros e formulários curtos
Olhando para os lábios do orador quando eles falam que ajuda.
Conversas podem ser realizadas em lugares mais silenciosos para fácil compreensão.
Apoio da família e amigo para os pacientes com perda auditiva é vital para lidar com a perda de audição.
A gagueira também é conhecida como disfluência ou disfemia.
A gagueira ou disfluência é normal em uma certa faixa etária (dois a cinco anos) e faz parte da trajetória natural do desenvolvimento de linguagem.
Isto ocorre por volta de três ou quatro anos de idade, quando a maioria das crianças apresenta uma certa disfluência, chamada de disfluência fisiológica ou de desenvolvimento. Isso ocorre por elas ainda não possuírem vocabulário suficiente para transmitir todos os seus pensamentos e idéias.
É entre dois e três anos de idade que começa a surgir na criança à fala conectada, ou seja, ela vai aumentando seu número de palavras e incluindo em seu discurso, vocábulos abstratos como preposição, artigos e conjunções. Para essa fase é de extrema complexidade. Cada criança vivencia esse momento de forma peculiar, algumas evoluem com naturalidade e fluidez, enquanto outras evidenciam a complexidade desse momento apresentando uma fala que não se produz fluidamente, sendo que qualquer outra dificuldade na linguagem ou na fala prejudicará ainda essa fluência.
A criança superará ou não essa fase dependendo de como o ambiente receber essa dificuldade natural. Crianças cujos pais são amorosos e pouco exigentes, que aceitam essa disfluência como uma dificuldade natural da idade, que não reagem ao problema com ansiedade e temor, tendem a voltar à fala fluente com naturalidade.
Pais exigentes demais, que comparam a fala do filho com a de outras crianças, criticam e fazem brincadeiras sobre o seu modo de se expressar, fazem com que elas se envergonhem do seu modo de falar, passando então a controlá-lo conscientemente, prejudicando ainda mais a sua fluência. A partir daí a criança passa a sofrer um acúmulo de tensões emocionais, por ter medo de expressar-se, medo da crítica à sua inabilidade lingüística. A fala passa a ser um esforço para a criança, perdendo a função de transmitir idéias e sentimentos, compartilhar com os outros, sentir-se parte integrante do grupo.
A gagueira é primariamente um problema dos aspectos temporais da fala, não de suas características articulatórias, fonatórias ou simbólicas (VAN RIPER in BOONE, 1994).
A gagueira é um distúrbio no ritmo da fala, nos quais o indivíduo sabe precisamente o que deseja dizer, porém, ao mesmo tempo é incapaz de dizê-lo, devido um prolongamento repetitivo ou a cessação de um som. (Organização Mundial de Saúde in GUERRA E COLS, 2000)
A gagueira é uma interrupção no ritmo de fala, e deve ser definida por seus fenômenos observáveis e não-observáveis.
Fenômenos observáveis (audíveis ou visuais):
Como os fenômenos não-observáveis temos:
Existem basicamente três correntes teóricas que procuram entender qual a causa da gagueira.
* TEORIAS ORGÂNICAS: É a classe de teorias que procuram explicar a gagueira por um problema orgânico do indivíduo.
* TEORIAS PSICOLÓGICAS: Defendem ser a gagueira de fundo psicológico ou emocional. O sujeito gago tem uma auto-imagem como falante prejudicada.
* TEORIAS DO COMPORTAMENTO APRENDIDO: A gagueira seria um comportamento aprendido ou condicionado, um hábito adquirido que se molda e se desenvolve durante o decorrer da vida do indivíduo.
A maioria das crianças com gagueira devem ser encaminhadas a um fonoaudiólogo.
Para realmente ocorrer o encaminhamento no momento certo se deve observar:
A voz humana é produzida na laringe, um tubo que fica no pescoço.Dentro desse tubo, temos duas dobras de músculos e mucosa, chamadas popularmente de “cordas vocais” (o nome correto é pregas vocais).
Para produzir a voz, essas pregas vibram com a passagem do ar dos pulmões, que é o combustível para o som. Esse som é transformado em fala pelos movimentos de várias estruturas, como língua, boca e lábios. Quem comanda toda essa operação é o cérebro, enviando impulsos de acordo com o que queremos falar e de que forma (fraco ou forte, fino ou grosso). Nossa voz é o resultado de características herdadas e do ambiente em que vivemos.
Cada voz é única e podemos ser identificados pela forma com que a usamos, embora ela varie bastante de acordo com nossas emoções e com as pessoas com quem falamos. Qualquer dificuldade na produção da voz pode ser considerada um problema de voz, como rouquidão, cansaço ao falar, voz fina ou grossa demais, fraca ou forte demais. Se sua voz ficou diferente nos últimos tempos (rouca, fraca, tensa ou cansada, por exemplo), se melhora quando você fica alguns dias sem falar muito e piora em situações em que usa mais a sua voz, é possível que esteja com um problema. Se as modificações durarem mais que 15 dias, você deve consultar um especialista.
A avaliação é médica e fonoaudiológica. Elas são complementares nos casos de problemas de voz. O médico fará o diagnóstico e dará a conduta do caso (remédios, cirurgia ou terapia), enquanto o fonoaudiólogo especialista em voz fará a avaliação do comportamento vocal e definirá a conduta fonoaudiológica necessária (orientação, aperfeiçoamento e exercícios).
A maioria das alterações da voz são devidas a doenças que devem ser diagnosticadas o mais precocemente possível como por exemplo: laringites, lesões benignas das cordas vocais (nódulos, polipos e cistos), refluxo gastro-esofágico e faringo-laríngeo, utilização incorreta da voz, paralisia das cordas vocais e câncer da laringe.
Laringite:
A laringite aguda é uma inflamação das cordas vocais.
Habitualmente surge durante uma infecção viral do aparelho respiratório que provoca um edema das cordas, comprometendo a sua vibração e traduzindo-se por rouquidão. O melhor tratamento é o repouso vocal e a hidratação.
Como a maior parte destas infecções são devidas a vírus os antibióticos nem sempre são necessários.
Durante uma laringite aguda há que ter o maior cuidado com a utilização da voz, pois aumenta o risco de hemorragias, nódulos, pólipos e cistos.
Lesões benignas:
O uso incorrecto da voz, o esforço ou o abuso vocal, pode provocar o aparecimento de lesões benignas numa ou nas duas cordas vocais que interferem com a vibração, originando rouquidão, voz áspera e cansaço vocal.
As lesões mais frequentes são os nódulos vocais, também conhecidos por "calos" das cordas vocais. Habitualmente surgem nas duas cordas sensivelmente em frente um do outro.
O seu tratamento exige repouso vocal e reabilitação (terapia da fala), com a qual se procura melhorar a técnica vocal, reduzindo ou anulando o esforço e a tensão do aparelho fonatório.
Os pólipos e os quistos são outras lesões frequentes e estão igualmente, relacionadas com esforços e abuso vocal. A cirurgia está indicada, articulada com a terapia da fala.
Refluxo gastro-esofágico e faringo-laríngeo:
No refluxo, a acidez do estômago pode subir até à "garganta", provocando, entre outros sintomas, rouquidão crónica ou intermitente, dificuldade na deglutição, sensação de corpo estranho, irritação e dor.
O refluxo faringo-laríngeo pode ser difícil de diagnosticar porque, em cerca de metade dos doentes, não existem queixas gástricas ou esofágicas, nomeadamente ardor.
A existência de um refluxo é mais difícil de diagnosticar quando ocorre durante a noite. Nesta situação é frequente os doentes acordarem com uma "irritação na garganta", rouquidão, sensação de desconforto faríngeo, sem conseguirem identificar a causa. A observação pelo Otorrinolaringologista vai esclarecer se estes sintomas são provocados pelo refluxo.
Utilização incorreta da voz:
A rouquidão, assim como as outras alterações, pode ser provocada por uma utilização incorreta da voz ou, se quisermos, por uma má técnica vocal. É o que sucede quando se fala em tons demasiado agudos ou graves.
Uma técnica vocal incorreta obriga a um esforço das cordas vocais e dos seus músculos originando a sensação de "fadiga vocal". Os exemplos são vários - intensidade elevada da voz; voz percutida (ritmada); acentuação ou reforço da primeira sílaba de cada palavra entre outros.
A respiração é fundamental para uma voz "saudável". Uma técnica respiratória incorreta como sucede com a respiração centrada nos ombros ou no pescoço em vez de ser costodiafragmática ou abdominal, vai aumentar a tensão nos músculos do pescoço e da laringe, originando disfonia, associada ou não a outros sintomas (dor e cansaço vocal).
As alterações posturais podem também condicionar alterações vocais. Assim se utilizarmos o telefone apoiado no ombro pode-se provocar a contração dos músculos do pescoço e da laringe o que vai alterar a qualidade da voz.
Paralisia das cordas vocais:
A disfonia assim como outros sintomas, pode estar associada a alterações dos nervos e músculos da laringe sendo a situação mais frequente a paralisia ou a parésia (diminuição da mobilidade) de uma ou das duas cordas vocais. Se as duas cordas vocais tiverem a sua mobilidade comprometida, o que é raro, surge também
falta de ar e respiração ruidosa:
A paralisia ou parésia de uma corda vocal pode ser provocada por uma infecção viral como surgir após uma intervenção cirúrgica. Em alguns casos a sua etiologia é desconhecida.
A paralisia de uma das cordas vocais, altera o espaço situado entre elas, provocando uma diminuição da intensidade da voz que se pode tornar fraca e soprosa.
A maior parte das paralisias unilaterais recupera espontaneamente por si só (meses); se a paralisia se tornar permanente, a cirurgia pode ser a solução.
Neste tipo de cirurgia, para a qual existem várias técnicas, vai reposicionar-se a corda vocal paralisada, procurando-se aumentar a sua vibração.
A reeducação vocal (terapia da fala) é efetuada tanto no pré como no pós operatório. Noutros, a terapia da fala é mesmo o único tratamento.
A opção terapêutica está dependente da natureza da paralisia da corda vocal e das alterações da voz.
Câncer de Laringe:
O câncer da laringe é uma doença grave que exige um diagnóstico o mais precoce possível.
O tumor da corda vocal provoca alterações na voz tornando-a rouca e áspera. Estes sintomas aparecem logo nos primeiros estádios pelo que se forem valorizados, é possível efectuar o diagnóstico numa fase precoce e obter a cura.
A rouquidão que persista mais do que duas semanas exige a observação por um Otorrinolaringologista, a qual se torna ainda mais urgente num fumador.
O tratamento do câncer da laringe inclui cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de uma forma isolada ou em articulação.
Se um tumor da corda vocal for diagnosticado precocemente, é possível obter uma percentagem de cura superior a 90%, quer através da radioterapia quer da cirurgia.
Deglutir, embora pareça fácil, é de fato um processo fisiológico complexo. Vários mecanismos asseguram o transporte eficiente e a proteção do trato respiratório, conforme os alimentos são engolidos.
Qualquer problema no processo da deglutição que impeça ou dificulte uma alimentação normal chama-se DISFAGIA (dys= alteração e phagein= comer).
A disfagia não é uma doença, mas sim, um sintoma que pode indicar a presença de alguma doença. Pode interferir na condição nutricional e de hidratação da pessoa. Pode também levar a sérias complicações respiratórias (broncopneumonia aspirativa, asfixia) com a entrada de alimentos nas vias aéreas (penetração/aspiração), comprometendo a saúde e qualidade de vida do indivíduo.
A disfagia pode ser decorrente de problemas congênitos durante a gravidez e o parto, ou de problemas adquiridos, como acidentes ou doenças (Traumatismo cranioencefálico, AVC, Parkinson, Alzheimer, etc).
Alguns sinais da presença de disfagia:
Alteração na mastigação
Dificuldade em iniciar a deglutição
Sialorréia (baba)
Tosse
Engasgo
Sensação de alimento parado na garganta
Asfixia
Alteração da respiração
Tempo de refeição prolongado
Medo de se alimentar (perda de apetite)
Perda de peso
Pneumonia
O objetivo principal do fonoaudiólogo com pacientes disfágicos é assegurar sua nutrição e hidratação, quer seja promovendo mudanças nos padrões alimentares mantendo ou reintroduzindo a alimentação por via oral, quer seja indicando, juntamente com outros profissionais da equipe, vias alternativas de alimentação como sonda enteral ou gastrostomia.
Cabe ao fonoaudiólogo fazer as modificações necessárias na alimentação do paciente para garantir sua segurança, sendo estas relacionadas à consistência dos alimentos, posição do paciente ao se alimentar, uso de manobras facilitadoras da alimentação, ao ambiente, horários, etc.
Fonte: Tubero, Ana Lucia. Disfagia: O que é? Guia de informação e orientação dos distúrbios da deglutição. 2ª edição. Ed.Experimento. São Paulo, 2003
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